Cape Town, 16 de abril 2012
Acabamos de celebrar a páscoa. Como
sempre nos emocionamos com o imensurável amor sacrificial de Cristo. Ele morreu
para tornar possível vivermos. Não consigo entender por que muitas pessoas que
se dizem cristãs não celebram a páscoa do Cordeiro de Deus que nulifica o
pecado. A igreja na qual participamos aqui elaborou novamente um calendário
para jejum e oração no período dos 40 dias que antecedem a páscoa. Foi um tempo
de reflexão e oração bastante desafiador para todos nós. Oramos por todas as
famílias da igreja e pelos povos que compõem a Igreja Presbiteriana do
Kenilworth (África do Sul, Angola, Brasil, Burundi, Camarões, Coréia do Sul,
Malaui, Moçambique, República Democrática do Congo, Ruanda, Suazilândia, Zâmbia
e Zimbábue).
Há algum tempo a igreja vem passando
por muitas dificuldades de ordem financeira. Imagino ser do seu conhecimento
que, em função da política de segregação racial legalizada em 1948 até 1994, a
sociedade sul-africana (inclusive igrejas) conviveu ao longo desses anos com a
separação entre as raças. A Igreja Presbiteriana do Kenilworth está numa área
outrora de predominância “branca”. No entanto os “brancos” que faziam parte da
igreja naquele tempo morreram ou se mudaram para outras regiões ou países. Hoje
a maioria da membresia da igreja é composta de africanos nativos, porém muitos
deles oriundos da diáspora de outros países do continente. São em geral
desempregados ou vivem do subemprego. Desse modo a igreja tem enfrentado
enormes dificuldades para manter as contas em dia.
O projeto C-Step reduziu suas
atividades, mas continua exercendo sua influência como parte do ministério da
igreja, sobretudo na comunidade da diáspora. O número de pessoas atendidas nos
cursos é menor, mas mantemos as atividades. Temos aumentado o atendimento a
crianças da diáspora, assim como orientação e aconselhamento individual a
adultos. E por falar nas crianças precisamos que nos ajude a orar per elas. Uma
delas tem apresentado um problema de saúde ainda não diagnosticado, nem tratado.
Essa criança já tem 4 anos e não consegue engolir alimentos sólidos. Hoje
acompanhamos sete crianças e seus familiares. Louvamos a Deus pelas duas
igrejas no Brasil parceiras nesse programa.
Estamos trabalhando no sentido de
realizarmos o I Encontro de missionários da APMT na região Austral da África.
Já definimos o local. Será em Malmesbury, cidadezinha a 50 km de Cape Town.
Trata-se de acomodações modestas em uma missão especializada em eventos para
outras organizações cristãs <http://www.berachah.co.za/>. Cremos que
Deus nos dará um tempo maravilhoso de comunhão, reflexão e descanso.
Futuramente daremos mais detalhes.
Planejamos a viagem ao Maláui para
início de junho, período sugerido pelo Sínodo da Igreja Presbiteriana daquele
país da costa lesta da África. Mas ainda dependemos de alguns acertos.
Discutiremos possibilidades de parceria missionária visando abertura de portas
para a colocação de missionários da APMT que desejarem servir naquele país.
Nossa família tem estado bem, graças a
Deus. Iolanda continua emocionalmente bem melhor. As crises de ansiedade se
foram, graças a Deus. Algo que nos preocupa um pouco nesse momento tem sido sua
insulina bastante alta. Está sendo medicada, mas ainda não há indícios de
redução. Tem pés e tornozelos inchados na maior parte do tempo. Essa semana
voltou à sua médica por causa de uma dor repentina no pé. A médica desconfia de
gota por isso pediu uma série de exames, mas ainda não temos os resultados.
Os filhos continuam muito bem.
Guilherme trabalhando muito. Leva muito a sério seus compromissos. Philipe, que
completou seus 21 anos de idade em março, conseguiu ingressar na City Varsity
de Cape Town <http://www.cityvarsity.co.za/>.
Ingressou no curso de Animação, seu grande sonho, e está bastante entusiasmado.
Além dos muitos desenhos que já fez, criou suas primeiras animações. Leonardo
também tem se saído muito bem Stellenbosch. Seu visto saiu e agora está mais tranquilo
para estudar. Nesse primeiro trimestre conseguiu boas notas especialmente em
Biologia, a principal matéria. Nossa maior dificuldade em relação aos estudos
deles tem sido quanto aos altos custos dos estudos. Graças a Deus, uma Igreja
Presbiteriana, amigos e parentes assumiram compromisso de auxiliar na Bolsa de
estudos que criamos para eles. O total já soma 45% do valor mensal necessário.
Motivos de agradecimento
· Pelo Visto de estudante do Leonardo
· Pelo Philipe ter conseguido aplicar para seu visto de estudos
· Por mais um membro da Igreja abraçando a causa missionária em tempo
integral. Nesse momento são dois: Sheila (em Bruxelas) e Daniel (SIM).
· Pelos 21 anos de vida do Philipe
Motivos de oração
· Pelos membros da Igreja Presbiteriana do Kenilworth desempregados ou que
vivem do subemprego.
· Pela difícil situação financeira da Igreja.
· Pelo Rev. Mike Muller, pastor da Igreja do Kenilworth. Por sabedoria,
discernimento e direção do alto.
· Para que cheguemos aos 100% do valor total para a Bolsa de estudos do
Philipe e Leonardo, até junho.
· Pela criança da atendida pelo projeto, com problemas de saúde.
· Por sustento para irmão Daniel Hopley que decidiu abraçar a causa
missionária em tempo integral, servindo por meio da SIM.
· Pelo Encontro de Missionários em outubro.
· Pela saúde da Iolanda, para que se descubra a causa da insulina alta.
· Pela viagem ao Maláui.
· Pela continuação de bom aproveitamento nos estudos para Philipe e
Leonardo.
Seus parceiros na missão
Rev. Gessé Almeida Rios (pela família)
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