terça-feira, 24 de abril de 2012

NOTÍCIAS DO CAMPO NA ÁFRICA DO SUL- Rev. GESSÉ RIOS


Cape Town, 16 de abril 2012
Acabamos de celebrar a páscoa. Como sempre nos emocionamos com o imensurável amor sacrificial de Cristo. Ele morreu para tornar possível vivermos. Não consigo entender por que muitas pessoas que se dizem cristãs não celebram a páscoa do Cordeiro de Deus que nulifica o pecado. A igreja na qual participamos aqui elaborou novamente um calendário para jejum e oração no período dos 40 dias que antecedem a páscoa. Foi um tempo de reflexão e oração bastante desafiador para todos nós. Oramos por todas as famílias da igreja e pelos povos que compõem a Igreja Presbiteriana do Kenilworth (África do Sul, Angola, Brasil, Burundi, Camarões, Coréia do Sul, Malaui, Moçambique, República Democrática do Congo, Ruanda, Suazilândia, Zâmbia e Zimbábue).

Há algum tempo a igreja vem passando por muitas dificuldades de ordem financeira. Imagino ser do seu conhecimento que, em função da política de segregação racial legalizada em 1948 até 1994, a sociedade sul-africana (inclusive igrejas) conviveu ao longo desses anos com a separação entre as raças. A Igreja Presbiteriana do Kenilworth está numa área outrora de predominância “branca”. No entanto os “brancos” que faziam parte da igreja naquele tempo morreram ou se mudaram para outras regiões ou países. Hoje a maioria da membresia da igreja é composta de africanos nativos, porém muitos deles oriundos da diáspora de outros países do continente. São em geral desempregados ou vivem do subemprego. Desse modo a igreja tem enfrentado enormes dificuldades para manter as contas em dia.

O projeto C-Step reduziu suas atividades, mas continua exercendo sua influência como parte do ministério da igreja, sobretudo na comunidade da diáspora. O número de pessoas atendidas nos cursos é menor, mas mantemos as atividades. Temos aumentado o atendimento a crianças da diáspora, assim como orientação e aconselhamento individual a adultos. E por falar nas crianças precisamos que nos ajude a orar per elas. Uma delas tem apresentado um problema de saúde ainda não diagnosticado, nem tratado. Essa criança já tem 4 anos e não consegue engolir alimentos sólidos. Hoje acompanhamos sete crianças e seus familiares. Louvamos a Deus pelas duas igrejas no Brasil parceiras nesse programa.

Estamos trabalhando no sentido de realizarmos o I Encontro de missionários da APMT na região Austral da África. Já definimos o local. Será em Malmesbury, cidadezinha a 50 km de Cape Town. Trata-se de acomodações modestas em uma missão especializada em eventos para outras organizações cristãs <http://www.berachah.co.za/>. Cremos que Deus nos dará um tempo maravilhoso de comunhão, reflexão e descanso. Futuramente daremos mais detalhes.

Planejamos a viagem ao Maláui para início de junho, período sugerido pelo Sínodo da Igreja Presbiteriana daquele país da costa lesta da África. Mas ainda dependemos de alguns acertos. Discutiremos possibilidades de parceria missionária visando abertura de portas para a colocação de missionários da APMT que desejarem servir naquele país.

Nossa família tem estado bem, graças a Deus. Iolanda continua emocionalmente bem melhor. As crises de ansiedade se foram, graças a Deus. Algo que nos preocupa um pouco nesse momento tem sido sua insulina bastante alta. Está sendo medicada, mas ainda não há indícios de redução. Tem pés e tornozelos inchados na maior parte do tempo. Essa semana voltou à sua médica por causa de uma dor repentina no pé. A médica desconfia de gota por isso pediu uma série de exames, mas ainda não temos os resultados.

Os filhos continuam muito bem. Guilherme trabalhando muito. Leva muito a sério seus compromissos. Philipe, que completou seus 21 anos de idade em março, conseguiu ingressar na City Varsity de Cape Town <http://www.cityvarsity.co.za/>. Ingressou no curso de Animação, seu grande sonho, e está bastante entusiasmado. Além dos muitos desenhos que já fez, criou suas primeiras animações. Leonardo também tem se saído muito bem Stellenbosch. Seu visto saiu e agora está mais tranquilo para estudar. Nesse primeiro trimestre conseguiu boas notas especialmente em Biologia, a principal matéria. Nossa maior dificuldade em relação aos estudos deles tem sido quanto aos altos custos dos estudos. Graças a Deus, uma Igreja Presbiteriana, amigos e parentes assumiram compromisso de auxiliar na Bolsa de estudos que criamos para eles. O total já soma 45% do valor mensal necessário.

Motivos de agradecimento
·         Pelo Visto de estudante do Leonardo
·         Pelo Philipe ter conseguido aplicar para seu visto de estudos
·         Por mais um membro da Igreja abraçando a causa missionária em tempo integral. Nesse momento são dois: Sheila (em Bruxelas) e Daniel (SIM).
·         Pelos 21 anos de vida do Philipe

Motivos de oração
·         Pelos membros da Igreja Presbiteriana do Kenilworth desempregados ou que vivem do subemprego.
·         Pela difícil situação financeira da Igreja.
·         Pelo Rev. Mike Muller, pastor da Igreja do Kenilworth. Por sabedoria, discernimento e direção do alto.
·         Para que cheguemos aos 100% do valor total para a Bolsa de estudos do Philipe e Leonardo, até junho.
·         Pela criança da atendida pelo projeto, com problemas de saúde.
·         Por sustento para irmão Daniel Hopley que decidiu abraçar a causa missionária em tempo integral, servindo por meio da SIM.
·         Pelo Encontro de Missionários em outubro.
·         Pela saúde da Iolanda, para que se descubra a causa da insulina alta.
·         Pela viagem ao Maláui.
·         Pela continuação de bom aproveitamento nos estudos para Philipe e Leonardo.

Seus parceiros na missão
Rev. Gessé Almeida Rios (pela família)

Nenhum comentário:

Postar um comentário