sábado, 12 de maio de 2012

AMOR DE MÃE -FELIZ DIA DAS MÃES MULHERES PRESBITERIANAS-LINDA REFLEXÃO

FELIZ DIA DAS MÃES!
 
MÃE MODELO

“Por este menino orava eu; e o SENHOR me concedeu a petição que eu lhe fizera. Pelo que também o trago como devolvido ao SENHOR, por todos os dias que viver; pois do SENHOR o pedi. E eles adoraram ali o SENHOR.” (I Samuel 1:27, 28)

            Uma das histórias mais belas do Antigo Testamento sobre mãe é, sem dúvida, a de Ana. Não somente bela, é uma história recheada de dramas reais, vividos por muitas mães hoje em dia. Há, nesta história, desespero, lágrimas, angústia, amargura, mas há também louvor, superação, alegria indescritível e vitória.
            Ana tinha um esposo apaixonado por ela. Ele, Elcana, a amava muito. Mas ele tinha uma outra esposa, que se chamava Penina, que lhe dava filhos, enquanto Ana, por ser estéril, não lhos podia dar. Além disso, “a sua rival a provocava excessivamente para a irritar” (I Sm. 1:6). E, apesar de seu marido Elcana tentar agradar e compensar Ana com seu amor e honrá-la com porção dobrada do sacrifício (I Sm. 1:8). Além de declarar que a sua devoção por ela “era melhor do que dez filhos,” Ana continuava aflita por não poder ser mãe.
            Assim, Ana, apesar de ser uma mulher muito amada pelo seu marido, era frustrada. No seu íntimo curtia uma insatisfação crônica. Seus desejos contrariados pela incapacidade de ser mãe faziam dela uma pessoa triste e infeliz. Penso até que poderia justificar a razão por ser assim, mas ela encontrou uma saída fantástica para o seu sofrimento.
            Em vez de queixar-se de seu marido, de sua ‘sorte’ e das circunstâncias sobre as quais não tinha nenhum poder de mudança, foi queixar-se ao SENHOR. Isto demonstra a sua responsabilidade e compromisso firme que tinha com o seu marido e com o seu exemplo de mulher temente a Deus. Por conta disso ela não partiu para ‘aliviar’ as suas vontades não satisfeitas tornando-se vulgar e buscando afogar suas mágoas nos escapes que o mundo, sem o temor de Deus, oferece. Não, definitivamente ela não cede à tentação das más conversações, más companhias e conversinhas tolas de comadres que não têm compromisso com Deus (I Co. 15:33 – “Não vos enganeis: as más conversações corrompem os bons costumes”). Nada disso passou-se pelo coração de Ana, uma preocupação apenas ela tinha, a de buscar uma solução no SENHOR.
            Ana nos ensina que Deus resolve todas as nossas questões quando buscamos a sua face. E tudo o que ele faz é bem feito e só nos traz alegria. Por outro lado, as nossas soluções são desastrosas! Provocam mal estar, escândalos, ferem pessoas, separam amigos e famílias.
            O opróbrio e a humilhação pela qual Ana passava era-lhe muito pesada, a ponto de derramar-se em lágrimas muitas vezes. Resolveu, então, oferecer estas lágrimas sobre o altar de Deus. Ela “chora abundantemente” (I Sm.1:10). Faz um voto a Deus, pois confia plenamente que ele pode reverter esta situação, mesmo que seja através de um milagre, e lhe promete devolver o que de mais precioso iria receber, um filho amado, esperado, fruto de sua oração (I Sm. 1:27  - “por este menino orava eu”).
            Ana nos ensina que filhos são dádivas de Deus, frutos das orações de pais que têm consciência de suas limitações e dedica-os ao SENHOR para cuidá-los.
            Ela não hesitou em devolver a Deus o que lhe era mais valioso, e o fez com júbilo e louvor (I Sm. 1:28 – “E eles adoraram ali o SENHOR”. I Sm. 2:1 - “O meu coração se regozija no SENHOR” ). A lição de se dar o melhor para Deus não está em moda hoje em dia. A cultura do interesse – vou dar tanto para que Deus me retribua o dobro – roubou o mais puro sentimento de devoção ao SENHOR. A nossa atitude deve ser: vou dar porque ele é Deus, sempre merece o melhor! Deus é bondoso, atencioso e sacrificial para conosco. O que lhe retribuímos sempre será muito pouco.
            Ana foi ricamente compensada pelo SENHOR. Ela não somente foi mãe de mais três filhos e duas filhas (I Sm. 2:21), mas é conhecida como a mãe do profeta, sacerdote e juiz mais respeitado em Israel. Foi ele quem ungiu os dois primeiros reis desta nação: Saul e Davi. Foi ele que, com integridade de vida e atitudes coerentes, livrou Israel dos seus inimigos todos os seus dias. A sua reputação de homem íntegro ainda nos inspira nos dias de hoje. Que Mãe! E, Que Filho!
            As mães de hoje desejam que seus filhos sejam bem sucedidos profissionalmente, mas será que desejam que sejam bem sucedidos espiritualmente? Quanto esforço para que estudem, quanto investimento para que se identifiquem com as exigências da sociedade de hoje. Mas, pergunto, quanto interesse genuíno há de que eles se tornem fiéis a Deus em primeiro lugar?
            Há muitas mães cristãs que jamais desejariam ver seus filhos pastores. Preferem vê-los bem sucedidos como empresários, ou o que valha, ainda que longe de Deus, a vê-los consagrados ao ministério sagrado, ou motivá-los a colocarem sempre Deus em primeiro lugar. Uma atitude desta carece de avaliação profunda e arrependimento.
            Queridas mães, saibam que a melhor dádiva a seus filhos é a dádiva do amor a Deus acima de qualquer coisa na face da terra. Sejam exemplos de fidelidade ao SENHOR, a todo custo, para que os seus filhos enxerguem em vocês o amor de Deus, além do amor de mãe, que também procede de Deus.
            Feliz Dia das Mães para todas vocês!
            Hoje é dia de encontrar Graça Divina para perdoar erros cometidos e para entender que o plano de Deus para seus filhos é muito superior ao seu. Não hesite, coloque todos os seus filhos sob o cuidado extremo de Deus.
Rev. Miguel Cox

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