FELIZ DIA DAS MÃES!
MÃE MODELO
“Por
este menino orava eu; e o SENHOR me concedeu a petição que eu lhe
fizera. Pelo que também o trago como devolvido ao SENHOR, por todos os
dias que viver; pois do SENHOR o pedi. E eles adoraram ali o SENHOR.” (I
Samuel 1:27, 28)
Uma
das histórias mais belas do Antigo Testamento sobre mãe é, sem dúvida, a
de Ana. Não somente bela, é uma história recheada de dramas reais,
vividos por muitas mães hoje em dia. Há, nesta história, desespero,
lágrimas, angústia, amargura, mas há também louvor, superação, alegria
indescritível e vitória.
Ana
tinha um esposo apaixonado por ela. Ele, Elcana, a amava muito. Mas ele
tinha uma outra esposa, que se chamava Penina, que lhe dava filhos,
enquanto Ana, por ser estéril, não lhos podia dar. Além disso, “a sua rival a provocava excessivamente para a irritar”
(I Sm. 1:6). E, apesar de seu marido Elcana tentar agradar e compensar
Ana com seu amor e honrá-la com porção dobrada do sacrifício (I Sm.
1:8). Além de declarar que a sua devoção por ela “era melhor do que dez filhos,” Ana continuava aflita por não poder ser mãe.
Assim,
Ana, apesar de ser uma mulher muito amada pelo seu marido, era
frustrada. No seu íntimo curtia uma insatisfação crônica. Seus desejos
contrariados pela incapacidade de ser mãe faziam dela uma pessoa triste e
infeliz. Penso até que poderia justificar a razão por ser assim, mas
ela encontrou uma saída fantástica para o seu sofrimento.
Em
vez de queixar-se de seu marido, de sua ‘sorte’ e das circunstâncias
sobre as quais não tinha nenhum poder de mudança, foi queixar-se ao
SENHOR. Isto demonstra a sua responsabilidade e compromisso firme que
tinha com o seu marido e com o seu exemplo de mulher temente a Deus. Por
conta disso ela não partiu para ‘aliviar’ as suas vontades não
satisfeitas tornando-se vulgar e buscando afogar suas mágoas nos escapes
que o mundo, sem o temor de Deus, oferece. Não, definitivamente ela não
cede à tentação das más conversações, más companhias e conversinhas
tolas de comadres que não têm compromisso com Deus (I Co. 15:33 – “Não vos enganeis: as más conversações corrompem os bons costumes”). Nada disso passou-se pelo coração de Ana, uma preocupação apenas ela tinha, a de buscar uma solução no SENHOR.
Ana
nos ensina que Deus resolve todas as nossas questões quando buscamos a
sua face. E tudo o que ele faz é bem feito e só nos traz alegria. Por
outro lado, as nossas soluções são desastrosas! Provocam mal estar,
escândalos, ferem pessoas, separam amigos e famílias.
O
opróbrio e a humilhação pela qual Ana passava era-lhe muito pesada, a
ponto de derramar-se em lágrimas muitas vezes. Resolveu, então, oferecer
estas lágrimas sobre o altar de Deus. Ela “chora abundantemente”
(I Sm.1:10). Faz um voto a Deus, pois confia plenamente que ele pode
reverter esta situação, mesmo que seja através de um milagre, e lhe
promete devolver o que de mais precioso iria receber, um filho amado,
esperado, fruto de sua oração (I Sm. 1:27 - “por este menino orava eu”).
Ana
nos ensina que filhos são dádivas de Deus, frutos das orações de pais
que têm consciência de suas limitações e dedica-os ao SENHOR para
cuidá-los.
Ela não hesitou em devolver a Deus o que lhe era mais valioso, e o fez com júbilo e louvor (I Sm. 1:28 – “E eles adoraram ali o SENHOR”. I Sm. 2:1 - “O meu coração se regozija no SENHOR” ).
A lição de se dar o melhor para Deus não está em moda hoje em dia. A
cultura do interesse – vou dar tanto para que Deus me retribua o dobro –
roubou o mais puro sentimento de devoção ao SENHOR. A nossa atitude
deve ser: vou dar porque ele é Deus, sempre merece o melhor! Deus é
bondoso, atencioso e sacrificial para conosco. O que lhe retribuímos
sempre será muito pouco.
Ana
foi ricamente compensada pelo SENHOR. Ela não somente foi mãe de mais
três filhos e duas filhas (I Sm. 2:21), mas é conhecida como a mãe do
profeta, sacerdote e juiz mais respeitado em Israel. Foi ele quem ungiu
os dois primeiros reis desta nação: Saul e Davi. Foi ele que, com
integridade de vida e atitudes coerentes, livrou Israel dos seus
inimigos todos os seus dias. A sua reputação de homem íntegro ainda nos
inspira nos dias de hoje. Que Mãe! E, Que Filho!
As
mães de hoje desejam que seus filhos sejam bem sucedidos
profissionalmente, mas será que desejam que sejam bem sucedidos
espiritualmente? Quanto esforço para que estudem, quanto investimento
para que se identifiquem com as exigências da sociedade de hoje. Mas,
pergunto, quanto interesse genuíno há de que eles se tornem fiéis a Deus
em primeiro lugar?
Há
muitas mães cristãs que jamais desejariam ver seus filhos pastores.
Preferem vê-los bem sucedidos como empresários, ou o que valha, ainda
que longe de Deus, a vê-los consagrados ao ministério sagrado, ou
motivá-los a colocarem sempre Deus em primeiro lugar. Uma atitude desta
carece de avaliação profunda e arrependimento.
Queridas
mães, saibam que a melhor dádiva a seus filhos é a dádiva do amor a
Deus acima de qualquer coisa na face da terra. Sejam exemplos de
fidelidade ao SENHOR, a todo custo, para que os seus filhos enxerguem em
vocês o amor de Deus, além do amor de mãe, que também procede de Deus.
Feliz Dia das Mães para todas vocês!
Hoje
é dia de encontrar Graça Divina para perdoar erros cometidos e para
entender que o plano de Deus para seus filhos é muito superior ao seu.
Não hesite, coloque todos os seus filhos sob o cuidado extremo de Deus.
Rev. Miguel Cox
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